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Me ama?
um pouquinho só,
o suficiente
para me perguntar ao fim de um dia
se ele foi bom?
O suficiente
para deitar numa rede e escutar boa musica
me ouvindo cantar baixinho no teu ouvido?
Me ama, por favor?
não muito
mas, o suficiente para
assistir uma comédia romântica numa noite fria
com os nossos pés esquentando uns aos outros?
Me ama só o suficiente para
me fazer um carinho,
ser minha companhia,
minha alegria,
meu consolo,
meu porto seguro?
Me ama o suficiente para ser a palavra amiga,
a repreensão necessária?
Para as vezes ser mais eu do que eu mesmo?
Não precisa de muito amor não,
Só o suficiente.
Para querer compartilhar a vida comigo,
Ficar perto de mim?
Por que quando reconheceres esse amor em ti
Eu já o terei plantado e semeado em mim
E o teu pouquinho
Com o meu pouquinho
Sem dúvidas, será o suficiente para
Nós Dois.
Fernando Martilis
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Me abraça
Mas, me abraça forte
Tentando sentir as batidas do meu coração.
Para saber, através desse ritmo,
Como tem sido o ritmo da minha vida,
Tudo que tenho sido,
O que tenho sentido.
Me abraça
E sente também um pouco do que eu sinto.
Me abraça e
Me faz sentir abrigado,
Acalentado.
Me mostra com teu abraço
Que em ti eu posso repousar.
Mas, me abraça somente
Se for com carinho;
Carinho manso,
carinho moleque,
Carinho intenso.
Faz-me sentir querido com o teu abraço.
Me fala através do teu abraço que te faço falta,
Me abraça,
Com as mãos envolvendo minhas costas,
Me protegendo de tudo de ruim
Que esteve perto de mim
Quando teu abraço estava longe.
Escuta minha respiração
Como está ofegante,
Como muda o meu respirar quando é você quem me abraça.
E agora nesse instante
Me abraça somente,
Abraço do tamanho da eternidade.
Daqueles que parecem nunca acabar
Daquele jeito que só você sabe dar.
Fernando Martilis
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Momentos difíceis?
A vida tem dessas coisas.
Para testar nossa fé,
Nossa força,
Nossa resistência.
Para nos provar,
Não a ninguém que nos julgue fortes ou fracos
Mas, a nós mesmos,
Como somos grandes
E como podemos
Mudar,
Reverter,
Fazer,
Desfazer,
Ser.
E assumirmos o nosso protagonismo em sermos felizes depois de tudo.
Fernando Martilis
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Costumo orgulhar-me de mim,
Exatamente,
Nos momentos mais difíceis.
No momentos que, simplesmente,
Com toda a criatividade e perspicácia
Que outrora julgava possuir,
Sento e não tenho a menor ideia
De onde ir.
Nesses momentos percebo o quanto sou conflitante,
E adepto ao pior dos conflitos,
Aqueles que acabo esbarrando de frente comigo mesmo.
Entro num embate ferrenho com os meus pensamentos
E atitudes.
Torno-me o meu pior inimigo e melhor anti-herói.
Discordando e, eventualmente, concordando comigo
Orgulho-me por perceber o quanto consigo
Tornar-me forte sendo fraco
Encontrar respostas ao me questionar,
Ao colocar pontos de interrogação nas minhas certezas frágeis
E que mesmo não sabendo qual caminho tomar,
Não permaneço sentado por muito tempo.
Levanto-me,
Pois, orgulhar-me de mim
Já é um novo caminho
Por onde poderei prosseguir.
Fernando Martilis
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Quando te vejo
E quando vejo aquele sorriso que me convida,
Que me puxa pra perto,
Tão perto
Que me leva ao teu cheiro.
Cheiro que me atrai ao pescoço
E beija provocando um intenso arrepio.
Não melhor do que aquela leve mordidinha na orelha
Que percorre seu efeito por todo o corpo.
Mordidinha que chega aos lábios,
Como quem quer um pedacinho para si.
Os lábios beijam o queixo
Querendo chegar perto,
Mais perto, talvez um pouco para cima
Mas, ainda não.
Ainda quero outro beijo,
Como esquimó,
encostando a pontinha do nariz.
Nariz que cheira
O olho
Cheirinho n'oi.
Que abre as portas do sorriso
E esse sorriso, somente esse sorriso,
É o convite final
Para o tão aguardado beijo
Que já será um outro texto,
Uma outra história.
Fernando Martilis
Beijo,
Que vontade me toma por um beijo teuQuando te vejo
E quando vejo aquele sorriso que me convida,
Que me puxa pra perto,
Tão perto
Que me leva ao teu cheiro.
Cheiro que me atrai ao pescoço
E beija provocando um intenso arrepio.
Não melhor do que aquela leve mordidinha na orelha
Que percorre seu efeito por todo o corpo.
Mordidinha que chega aos lábios,
Como quem quer um pedacinho para si.
Os lábios beijam o queixo
Querendo chegar perto,
Mais perto, talvez um pouco para cima
Mas, ainda não.
Ainda quero outro beijo,
Como esquimó,
encostando a pontinha do nariz.
Nariz que cheira
O olho
Cheirinho n'oi.
Que abre as portas do sorriso
E esse sorriso, somente esse sorriso,
É o convite final
Para o tão aguardado beijo
Que já será um outro texto,
Uma outra história.
Fernando Martilis
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O amor para mim é como diria o poeta sobre a amizade:
“Não fazemos amigos, os reconhecemos!”
Assim, não encontramos um amor,
Nós o reconhecemos diante de tudo o que nos atrai e é conveniente!
Porque sentir, nós já sentíamos. Desde o primeiro olhar, o primeiro sorriso,
O primeiro gesto compreensivo, a primeira discussão.
Sabíamos que ali existia um sentimento o qual, a princípio, não queríamos
Atribuir o "status" de amor.
Status que muda tudo.
Tem gente que foge do amor como o diabo também foge.
Parece ser mais simples viver o amor sem assumi-lo,
Encará-lo de frente.
Encará-lo de frente.
Até ele nos mostrar exatamente o contrário
Mostrar o quanto ele pode se transformar e nos transformar!
Fazer-nos pensar mais em outra pessoa
Do que em nós mesmos,
Fazer-nos ver em um sorriso toda a paz do mundo,
Em um abraço o mais acolhedor dos lugares,
E em um beijo...
Fazer-nos acreditar que o tempo pode sim parar.
Fazer-nos acreditar que o tempo pode sim parar.
Tudo isso do jeito mais desinteressado do mundo
Como diz a música dos Titãs:
"Sem pedir nada em troca".
Fica a expectativa que cada vez mais reconheçamos o amor
Mais cedo
Que ele faça parte das nossas vidas cada vez mais cedo,
E que quando nossos netos perguntarem se
Um dia amamos de verdade
Nós possamos dizer que não só amamos
Como o reconhecemos verdadeiramente.
Fernando Martilis
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Confundo-me com os meus próprios sentimentos
Logo eu que defendo a expressão como a essência pessoal!
Sinto saudade
Mas também sinto medo
Raiva,
Sinto que estou entregue
E que sou a pessoa mais orgulhosa do mundo.
Sinto que estou perdido nos meus pensamentos
E que matei a charada do que busco.
Sinto que preciso estar perto
Mas, quero permanecer distante.
Sinto como é bom lembrar das coisas boas
Contudo, as ruins rodeiam a minha mente.
Sinto um sentimento tão lindo
Que parece-me não querer ser sentido.
Sinto que acerto
Na proporção que erro.
Sinto que estou certo
Embora sempre termine do jeito errado.
Sinto o coração bater mais forte,
A respiração ofegante,
Sinto que alguns olhares, sorrisos e atitudes mudam tudo
E como sinto falta deles!
Sinto que quero fugir
As vezes pra longe,
As vezes pra perto de ti
Enfim...
Sinto que não quero mas sentir
Mas continuo sentindo.
Fernando Martilis
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Eu só quero um pouco daquela paz que não encontro mais,
Nem mesmo onde eu costumava encontrar.
Quero e preciso me sentir livre,
Livre das minhas escolhas, do peso que elas trazem.
Livre das expectativas, que cegam a realidade.
Livre do que eu busquei para mim
E não busco mais.
E agora retrocedo, sim, pois sou incompleto, inacabado.
Me constituo a partir dos passos para frente e para trás.
E continuando ou voltando, esbarro na tal liberdade
Que me aprisiona ou me deixa livre demais,
Mas que agora eu tanto preciso.
Livre ou preso,
Quero a sensação de não mais
Não me sentir livre.
Pois a realidade já é bastante nítida,
O peso das escolhas é sufocante
E o que eu busquei
Não era e nunca será para mim!
Fernando Martilis
Nem mesmo onde eu costumava encontrar.
Quero e preciso me sentir livre,
Livre das minhas escolhas, do peso que elas trazem.
Livre das expectativas, que cegam a realidade.
Livre do que eu busquei para mim
E não busco mais.
E agora retrocedo, sim, pois sou incompleto, inacabado.
Me constituo a partir dos passos para frente e para trás.
E continuando ou voltando, esbarro na tal liberdade
Que me aprisiona ou me deixa livre demais,
Mas que agora eu tanto preciso.
Livre ou preso,
Quero a sensação de não mais
Não me sentir livre.
Pois a realidade já é bastante nítida,
O peso das escolhas é sufocante
E o que eu busquei
Não era e nunca será para mim!
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Nunca quis nada perfeito,
Sou um pouco como Quintana:
"Não quero alguém que morra de amores por mim
Só preciso de alguém que viva por mim,
que queira estar junto de mim, me abraçando".
Sou um pouco como Quintana:
"Não quero alguém que morra de amores por mim
Só preciso de alguém que viva por mim,
que queira estar junto de mim, me abraçando".
Aceito e compreendo os erros, as falhas, os medos
Aprendo com o egoísmo, com a mentira
Mas não resisto ao desprezo.
Não me conformo
Que o outro simplesmente não se importe!
Não se importe com o momento que não foi vivido,
Não se importe com uma só palavra que não foi dita
E que no fim querendo se importar com tudo
Não se importe com nada!
Como todo ser humano, cego-me demasiadamente nas minhas expectativas
Mas, elas cedem.
Cedem a quem conseguir mais do que
Ser uma superação de expectativas
Conseguir ser
Um amor
E como é bom perceber que pensávamos tudo errado!
Quão bom sermos surpreendidos,
Em todos os aspectos,
Até mesmo nos negativos.
Porque são exatamente os aspectos negativos que nos mostram
Como expectativas podem ser terríveis.
E no fim de tudo, tendo superado tudo
Medos, expectativas, mentiras, egoísmo...
Não superamos o que, desde o começo, esteve presente;
O desprezo!
Fernando Martilis
Aprendo com o egoísmo, com a mentira
Mas não resisto ao desprezo.
Não me conformo
Que o outro simplesmente não se importe!
Não se importe com o momento que não foi vivido,
Não se importe com uma só palavra que não foi dita
E que no fim querendo se importar com tudo
Não se importe com nada!
Como todo ser humano, cego-me demasiadamente nas minhas expectativas
Mas, elas cedem.
Cedem a quem conseguir mais do que
Ser uma superação de expectativas
Conseguir ser
Um amor
E como é bom perceber que pensávamos tudo errado!
Quão bom sermos surpreendidos,
Em todos os aspectos,
Até mesmo nos negativos.
Porque são exatamente os aspectos negativos que nos mostram
Como expectativas podem ser terríveis.
E no fim de tudo, tendo superado tudo
Medos, expectativas, mentiras, egoísmo...
Não superamos o que, desde o começo, esteve presente;
O desprezo!
Fernando Martilis
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Sempre preferi acreditar do que desistir
Mesmo quando desisti foi porque acreditei demais que não daria certo.
Sou assim mesmo,
Faço e desfaço!
Mas quando acredito, quando faço,
Acontece com toda intensidade que possuo.
Intensidade que motiva, que dá medo, e que acaba!
Acaba quando as passadas não são as mesmas,
Ora! Do que adianta eu querer abraçar o mundo,
e você simplesmente mal conseguir descruzar os braços?
Do que adianta eu querer ter cinco filhos,
e você dois?
A vida muitas vezes se encarrega de endireitar essas passadas,
Nos ensina a esperar, ter um pouco mais de calma,
ou andar mais depressa.
Ou somente abre nossos olhos e nos mostra que na verdade
Estamos caminhando em direções contrárias!
Fernando Martilis
