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Buscas


Não te julgarei moça,
Não por tentar amar e ser amada...
Mesmo que tenhas tentado teus experimentos
Até no último dos mortais.
Quem sou eu para julgar-te,
Para aprisionar teu vôo...
Consigo entender que necessitavas
Do horizonte.
Quanto aos outros,
Hão de compreender
O teu medo de ser só,
De estar só,
De morrer só.
Teu desespero por companhia,
Por um carinho que for ao fim de um dia,
De todos os dias.
Não é por mal,
Não foi por mal
Que destruítes tantos corações
Apaixonados,
Pois era do teu, que tentavas cuidar,
Remendar,
Reunir os cacos do que outrora fora sonho,
Fora vida.
Importante mesmo, é que ainda não desistisses,
Que ainda luta,
Que tenta bravamente,
Que busca o tal beijo que te fará sorrir...
Segue tua busca, moça
Segue tua busca que,
A felicidade, como costumam dizer,
É uma só...
Visita todas as moradas até que se apresente pra ti
O mais seguro dos ninhos,
O mais quentinho dos abraços,
O mais positivo dos pensamentos.
Aonde, finalmente possas repousar...
Pousar,
Amar,
Amada-Ser-Feliz.
Fernando Martilis

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Deleite


Ainda bem que ousei te fazer um afago
Contar dois ou três causos
Que me serviram para conquistar
Um sorriso teu.
Não sei bem como,
Contudo fiz-me necessário,
Encantei-me te encantando
E agora, não faço-me nenhum pouco de rogado
Ao confessar-me um louco por ti.
Do mesmo modo sinto que também és por mim...
Na verdade, aprecio a singela e charmosa
Dança à dois,
Dança de dois
Loucos que tornamos-nos.
Admiro a forma como o céu ilumina-se
Para namorarmos.
Prezo as nossas conversas longas,
Nossos devaneios apaixonados.
Finalmente, pequena, devo dizer-te...
Gosto mesmo do jeito que você gosta de mim!
Fernando Martilis