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Efemeridade

Tinha tanta certeza
E joguei todas fora.
Guardava um lugar cativo para você
Não guardo mais.
Esperava uma hora em especial no relógio:
Vinte e duas horas.
Vinte e dois segundo depois,
Eu estava feliz.
Vinte e dois dias passados, e tanto faz.
Agora, tanto faz.
Jamais havia dado tamanha importância
À pensamentos perdidos,
Sonhos embriagados e
Vontades loucas.
Mentiras loucas...
Passageiras,
Efêmeras,
Sem esforço algum de convencimento
Diante de tudo,
De todo o todo
Tão insignificante que me rodeia,
Que me cerca mas não me prende,
Não me prende mais!
Pois, amarras?!
Ah, amarras
Também não faço mais questão alguma
De tê-las.

Fernando Martilis