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Sobre a rejeição

E quem gosta de rejeição, de ser ignorado?
Ninguém, eu acho!
Até tem pessoas que elevam suas esperanças
A um nível de deixar de lado milhões de sinais
(Por quê a rejeição ela tem sim seus sinais)
Mas, uma hora ela fica suficientemente clara.
Enquanto aos sinais...
Sinceramente, reflita bem certas coisas
Que você ouvirá, ou possa vir a ler.
"Não sei's", "talvez's" são as manifestações
Do vago que é o interesse da tal pessoa pela
Sua participação na vida dela.
Quando você pergunta:
"Como foi seu dia?"
E escuta ou lê:
"Bem"!
E só isso, nada mais do que isso,
Quando você tava esperando
Ao menos um:
"E o seu?"!
E aí você se desdobra para inventar um assunto,
Fala até do fim do mundo em 2012,
E a pessoa não consegue te responder uma frase
Com mais de duas palavras:
"Pois é"!
???
Faz o seguinte...
Pro teu bem,
Fecha a janela de bate papo,
Desliga o telefone,
E volta a falar com a tal pessoa
Quando ela tiver ganhado um dicionário
E aprendido mais palavras,
Ou quando ela tiver com um pingo de vontade
De falar contigo.

Fernando Martilis

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Noturno

Eu sou da noite
Sou do frio,
Do arrepio
Quando dá no momento em que tua boca
Beija meu pescoço.
Sou da cama,
Da minha,
Da tua,
Das vossas camas.
Sou sem jeito,
Cem? é muito!
Meus três-jeitos te agradam.
Sou boêmio,
Andarilho
Das ruas noturnas
Tendo um gym como bússola
E uma boa dose de sorte.
Sou parceiro,
Primeiro,
Depois amigo...
Sou incansável, irremediável,
Enquanto houver noite...
Estou à solta
Revolto, escroto,
Até amanhecer o dia...

Fernando Martilis

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Respostas e caminhos

Não me deixe criar verdades,
Por favor!
Pois, eu as crio.
Não sei ficar sem respostas!
Chego ao ponto de preferir a mentira
Ao invés do silêncio,
Da omissão,
Ao menos mentir é uma resposta.
Silêncio e omissão não apontam caminhos,
E eu preciso caminhar!
Sigo assim...
Criando as minhas verdades para conseguir
Trilhar o meu caminho,
Apressado-do-meu-jeito!
Sem conseguir esperar por respostas
Que não querem vir...
Talvez, por isso, o meu caminhar
Se desenhe tão solitário.
Porém, sempre com a consciência,
De estar carregando comigo
O que, de fato, era meu!

Fernando Martilis