Devaneios sobre o tempo

Posto que guardasse algo só meu
Tal segredo estaria de certa forma, obscuro a mim.
Embora escorresse uma leve lágrima no canto do meu olho esquerdo
Desconheceria em grande parte sua motivação e impulso principal.
Ainda não reconheço hoje, meus passos de ontem
E não me vejo caminhando por trilhas óbvias e bem construídas amanhã
Pois,
Sempre percorri as estradas turvas,
As melhores,
Quando se leva na bagagem apenas dois dedos coragem e um pouco de vinho quente
Ah, que relação profunda e deliciosa com o desconhecido!
Quão fascinante a adrenalina imprudente dos adolescentes sedentos por aventura,
Desventuras em série,
Por vida!
Quem dera as árvores atualmente fossem tão simples de escalar quanto às de outrora
Estaria sempre no topo,
Não pelo melhor fruto
Mas, pela melhor vista de todos os lados,
Todos os lados, todos!
Sabe...
Lembro como se fosse hoje,
Que ontem sonhei com você
Sonhei com longos beijos e afagos
Longos carinhos e abraços.
Sonhei com uma bela estória que se reescreve
Ontem, hoje, amanhã e sempre.
Por que quando acabar o grafite do lápis,
Os nossos passos se encarregam de escrever na vida.


Fernando Martilis

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