Des-governo

Onde encontro paz
Começa uma guerra em meu peito.
Donde me vem alento, acolhimento
Expulsa-me teu olhar abrupto.
Onde mora meu riso frouxo e desinteressado
Aperta-me a solidão dos desesperados.
Quando penso ser o último gole
Embriago-me nas horas que não passam.
Onde encontro confiança, torno-me destemido
Assombro-me com a presença insistente da sombra que me persegue.
A canção que afaga
Perfura a alma.
O perfume que encanta
Envenena a mente.
As mensagens que aproximam
Não falam a mesma língua.
Quando penso que aprendi algo sobre o amor
O dia já amanheceu
E só restou café pra um.

Fernando Martilis 

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