O que se passa aqui.

Sinto saudades,
Tantas saudades
De quando tu me esperavas chegar.
Saudades de quando
Esperava minha ligação,
Saudades de quando ainda esperava algo de mim,
Quando ainda algo de mim
Fazia parte de ti.
Como tenho saudades,
Até mesmo,
Das coisas que nunca pensei sentir:
Da monotonia, por exemplo,
Que por vezes se apropriava do nosso dia a dia.

Hoje eu sei o que realmente é monotonia
E ela é bem pior sem você.
Como tenho saudades das tuas facetas,
Das tuas falas,
Algumas que muitas vezes até já sabia quais seriam
Mas, ficava ansioso do mesmo jeito
Em ouvi-las, em vê-las.
Não tão ruim seria se a saudade não fosse
Um sentimento teimoso
Que sequer substitui-la é possível.
Parece ter grudado em mim e
Agora, por enquanto, faz parte da minha essência ao amanhecer.
Para aliviar?
Sendo mais teimoso que ela e voltando a ti
De vez em quando
Para viver em lembranças
Todas essas coisas
Que essa saudade pede em intensa abstinência para viver denovo
Mas, que eu sei não passar da teimosa dessa saudade,
Longe da realidade
Que é tão quanto confusa
Como essas palavras aqui escritas.
Confusas porque são sentimentos
E eles, cumprindo sua dificuldade natural,

Resistem a ser expressados de forma coerente em algum papel
Como aquela saudade que parece indefinivel

E que eu espero em alguma linha sequer
Aqui
Ter conseguido expressá-la.


Fernando Martilis

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