Da luz e da escuridão

Olha só para ti...
Não é demasiado triste viver de observar as fotos
Retratando o amor dos outros?
Compartilhar apenas das emoções, vivências
E sentimentos daqueles casais,
Não tendo as tuas próprias pra celebrar, relembrar.
Me parece como uma escuridão que tu buscastes...
Sabes bem que não construístes nada,
Que as tuas lembranças de abraços, beijos e afagos
São as que vistes nas praças, de casais verdadeiramente
Apaixonados.
Por quê tu não viveras isto...
Preferira te sabotar em todas as tuas tentativas,
Buscara aquilo que não era teu,
Quisera o que nunca terias...
E sabias disto!
Da mesma forma que
Sabias que do teu lado,
Provavelmente,
Alguma infeliz e perturbada mentalmente
Ainda te oferecia,
Algum brilho,
Alguma luz para a tua vida,
Talvez até, o brilho das estrelas,
E se fosse tu,
Não duvidaria que ela pudera...
Da mesma forma que tu optara por excluir-se
De ser feliz,
Esta provavelmente acreditara que,
Em algum momento,
Poderia te envolver, te apresentar a tal da felicidade
Que reluz, que ilumina os caminhos escuros, os teus caminhos escuros.
Mas, e agora que percebestes o quanto tudo está
Tão tenebroso ao teu redor?!
De onde virá a luz?
A tua luz?
Se nada mais quer ser teu,
Se nada mais quer estar contigo?!

Fernando Martilis

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